Histórias e curiosidades sobre a champagne e o Peru: Existem muitos fatos e histórias interessantes sobre essas delícias festivas. O peru, originário do norte do México e Sul dos Estados Unidos, foi levado para a Europa no início do século XVI. Alguns dizem que por Sebastian Cabot, navegador, explorador e cartógrafo de descendência italiana, que estava presente na primeira expedição inglesa à América do Norte. E outros por Hernan Cortes navegador e explorador espanhol, que destruiu o império asteca, conquistando o México para a coroa espanhola. Acostumados a comerem cegonhas, garças, pavões e cisnes, os europeus ficaram maravilhados com a nova descoberta, que tinha uma carne saborosa e ovos deliciosos. Era chamado originalmente de galo da índia, pois pensavam que as terras recém-descobertas fossem parte da Índia. O peru foi oferecido a Catarina de Médici, rainha da França, em 1549 em um banquete no bispado de Paris e logo virou prato obrigatório em eventos e comemorações importantes. Um século depois, no nordeste da França, um monge chamado Don Perignon foi encarregado de cuidar das adegas da abadia de Hautevillers. O clima frio da região e o curto período de crescimento das uvas não permitiam que a fermentação do vinho se completasse antes do inverno e durante o transporte na primavera, por ainda ter um certo teor de açúcar, o vinho acabava fermentando novamente dentro dos barris e garrafas, ficando levemente frisante. Esse vinho acabou tendo uma procura bastante intensa, despertando o interesse comercial nos moradores da região de Champagne, região que possuía enormes vinícolas e produzia um vinho de excelente qualidade. Responsável também por misturar e encontrar o equilíbrio entre os melhores vinhos, o monge, insatisfeito com a qualidade deste vinho, dedicou-se à busca de um vinho frisante superior. Em uma das tentativas, adicionou açúcar às garrafas de vinho fazendo com que a fermentação fosse maior, liberando gás carbônico e produzindo mais bolhas, dando origem à champagne. Após desperdiçar litros e perder varias garrafas devido à pressão, Don Perignon acabou usando garrafas mais grossas e trocou o tampão feito de cânhamo embebido em óleo pela rolha e amarrou-a ao gargalo. Segundo as leis francesas, é chamado de champagne o vinho espumante produzido na região de Champagne e feito com as uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chadornnay. Os outros, produzidos em outras regiões da França e do mundo, são apenas espumantes ou frisantes. Estima-se que uma garrafa contenha 49 milhões de bolhas e quanto menor for a bolha melhor o champagne. \"Bebo champanhe na vitória para comemorar e na derrota para me consolar\" - Napoleão Bonaparte Como servir champagne: Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, abrir uma garrafa de champagne com um grande estouro não é a forma mais correta. Isso porque esse precioso líquido poderá ser desperdiçado, ou ficar com pouco gás, o que estragaria toda a sua graça. A maneira mais inda para se abrir uma garrafa de champagne é retirar o lacre de alumínio, desatarraxar a proteção de arame, mantendo o polegar em cima da garrafa para evitar um estouro repentino - lembrando que a pressão interna da garrafa é a mesma que a de um pneu de um ônibus de dois andares. Cubra a rolha e a proteção de arame com um guardanapo de pano, segure a garrafa em um ângulo de 45 graus e gire a rolha para um lado e a garrafa para outro. A rolha sairá facilmente. A bebida deverá ser servida entre 8 e 10º C. Caso você precise gelar a champagne rapidamente, pegue um balde, encha até a metade de gelo, coloque a garrafa, complete com água e espere meia hora. Uma garrafa serve de três a quatro pessoas em um coquetel, de duas a três em um jantar e seis pessoas em um brinde. Combina muito bem com peixes, aves, morango, chocolate e, para os mais exigentes, caviar.